sexta-feira, 27 de julho de 2012

Brasileiro concorre ao prêmio de melhor professor dos EUA

Um brasileiro de 43 anos, natural de Petrópolis, no Rio de Janeiro, foi eleito na última quinta-feira (12) o melhor entre os mais de 180 mil professores da rede estadual de ensino da Flórida, nos Estados Unidos. Além de prêmios em dinheiro, um carro, uma viagem a Nova York, um anel de ouro e um treinamento espacial na Nasa, Alexandre Lopes, que emigrou do Brasil em 1995, agora é candidato ao título de melhor professor dos Estados Unidos.
A etapa nacional da disputa fica aos cuidados do Departamento Nacional de Educação do governo federal. Lopes já tem presença garantida no evento de divulgação do resultado, em maio de 2013 na Casa Branca, em Washington, com a presença do presidente americano.
Até lá, ele vai viajar pelo estado onde mora dando palestras para outros professores sobre sua metodologia na sala de aula. Doutorando da Universidade Internacional da Flórida, ele se especializou na educação especial para a primeira infância e, há oito anos, trabalha na escola Carol City Elementary, em Miami.
O brasileiro leciona para dois grupos de 12 e 13 crianças com idades de três a cinco anos, na idade considerada nos Estados Unidos como pré-escolar. Parte dos alunos é autista e, como a Carol City Elementary fica em uma região de baixo poder aquisitivo, a maioria dos estudantes pertence a minorias dentro da sociedade americana. Alguns ainda são filhos de imigrantes e não têm o inglês como idioma nativo.
“É uma inclusão total e irrestrita, da maneira que eu gosto, com alunos deficientes, imigrantes, minorias… Como eu acho que a sociedade deveria ser”, conta. Lopes considera sua abordagem “holística” e afirma que se envolve em todos os aspectos da vida de seus “aluninhos”, como gosta de se referir às crianças que ensina, tanto da parte acadêmica quanto da emocional e da social. Para o brasileiro, isso significa incluir  todos os membros mais próximos da família no processo escolar, muitos deles ainda se adaptando à notícia de que seus filhos são autistas.
Aceitando a diversidade
Na sala de aula do brasileiro, porém, todos são iguais. “Eu não diferencio meus alunos. Procuro ser consistente para fazer com que meus alunos com autismo tenham os outros como modelo, e para fazer com que meus outros alunos aceitem todas as diferenças que existem na nossa sociedade”, explica Alex, como é conhecido pelos alunos e colegas de trabalho. Suas técnicas variam de acordo com o conteúdo das aulas. Segundo ele, música e dança são dois elementos que predominam durante as atividades, mas a adoção da tecnologia também ajuda os pequenos estudantes a se expressarem.
Entre os equipamentos está uma tela que reproduz, ao toque de um botão, mensagens pré-gravadas na voz dele ou de um estudante. O instrumento é usado pelos alunos autistas para que eles possam comunicar o reconhecimento dos símbolos, um processo que, segundo Lopes, acontece nestas crianças de maneira diferente das demais.
Para aprender a construir palavras, os aluninhos usam blocos de madeira que representam cada letra e os unem e separam para formar sílabas, sempre atentos aos sons das palavras para compreender a relação entre as rimas e a formação das palavras com grafia parecida. “Isso serve para tirar a palavra do abstrato e torná-la uma coisa concreta, o que é muito importante para crianças com deficiência”, explica.
Alexandre também digitaliza as páginas de livros, ocultando as frases escritas para reescrever a história a partir das imagens de forma coletva e, assim, conseguir tirar das crianças a linguagem construída durante as demais atividades.
A imigração, o atentado e a mudança
O início da vida adulta de Lopes não poderia ser mais distante de seu cotidiano atual, trabalhando sete horas por dia, cinco dias por semana, com um intervalo de 30 minutos para o almoço. No início da década de 1990, o hoje melhor professor da Flórida trocava Petrópolis pela capital fluminense para estudar produção editorial na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Naquela época, ele havia abandonado o sonho de criança de ser professor, já que sempre ouvia relatos de como a carreira exigia muito e pagava pouco.
Ele conta que arrumou um emprego na Pan American Airways para pagar o aluguel no Rio de Janeiro. Depois de formado, o então bacharel se apaixonou e decidiu se mudar para os Estados Unidos em julho de 1995. “Mas eu jamais deixei o Brasil. A vida me trouxe aos Estados Unidos, mas tenho muito orgulho da minha origem e de ser quem sou”, diz.
Durante vários anos, Lopes seguiu trabalhando como comissário de bordo para várias companhias aéreas americanas, onde fazia traduções de inglês, português e espanhol nas rotas da América Latina. Mesmo com os benefícios e as muitas viagens que pôde fazer pelo mundo, ele afirma que sentia falta de estudar. “Eu queria algo que fosse um pouco mais recompensador, mas era difícil porque tinha que pagar as minhas contas”, lembra.
Após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, sua empresa ofereceu pacotes de benefício a quem aceitasse se afastar do emprego e abrir mão do salário. Lopes, já com mais de 30 anos de idade, aproveitou a chance para buscar uma nova formação. Segundo ele, sua ideia original era se tornar professor de línguas estrangeiras, mas uma conselheira vocacional sugeriu, além do curso de educação, um curso introdutório em educação especial na primeira infância.
“Me apaixonei pela área e minha professora se apaixonou pelo meu trabalho. Ela me recomendou para uma bolsa de mestrado na Universidade de Miami”, explica o professor, que foi aprovado no processo seletivo com bolsa integral e, assim que completou seus créditos e estágios obrigatórios, recebeu o convite para iniciar uma turma de educação inclusiva na Carol City Elementary, onde está desde 2005, com um salário mais baixo do que recebia quando era comissário de bordo.
Lopes agora equilibra o trabalho com a pesquisa de doutorado na Universidade Internacional da Flórida, onde também foi selecionado para estudar com bolsa integral, e o Projeto Rise, uma iniciativa americana em nível federal que estimula a formação continuada de professores de escolas com população carente no país.
Eleito entre mais de 180 mil docentes
Durante mais de seis meses, Lopes passou por uma série de longas e trabalhosas etapas para conquistar o título de melhor professor de toda a rede estadual da Flórida. O processo começou com uma votação entre os próprios colegas da escola em que ele trabalha, na região centro-norte do condado de Miami, o quarto maior dos Estados Unidos, com 25 mil docentes. Ele então preparou um material por escrito com dezenas de páginas, no qual explicava sua filosofia educacional, suas motivações e sua metodologia de ensino.
O documento foi avaliado na sua região e ele foi selecionado como um dos cinco finalistas, que receberam visitas em suas salas de aula de uma comissão com 13 examinadores e participaram de entrevistas. Lopes venceu a disputa e, no início do ano, passou a concorrer ao posto de melhor professor do condado. O resultado, também favorável ao professor petropolitano, saiu em fevereiro deste ano, junto com um carro 0 km, prêmios em dinheiro e uma bolsa de estudos, à qual ele abriu mão por já ter uma no doutorado.
A etapa estadual, que tem patrocínio da rede de lojas de departamento Macy’s, exigiu novos artigos, visitas à sala de aula e entrevistas, além do envio de um vídeo apresentando o trabalho na escola e um encontro de três dias na cidade de Orlando com os mais de 70 professores dos condados e distritos especiais da Flórida.
Na entrevista final, o brasileiro lembrou aos examinadores que, naquele dia de junho, o planeta Vênus estava transitando em frente ao Sol, um fenômeno que só se repetirá daqui a um século. “Eu disse a eles que, quando isso acontecer, eu não vou estar mais aqui, meus aluninhos não vão estar mais aqui, mas a sociedade ensinada por eles e pelo meu ensino, sim. Depois disse a mim mesmo: ‘que resposta mais tola!’ Voltei para casa achando que não venceria”, afirmou.
Lopes estava errado, e seu nome foi anunciado como melhor professor do estado na última quinta-feira. Assim como as exigências da competição, as recompensas da etapa estadual também são maiores, e incluíram surpresas e um prêmio de US$ 5 mil (mais de R$ 10 mil) aos cinco finalistas, além de US$ 10 mil (mais de US$ 20 mil) ao grande vencedor.
A fama, o dinheiro e as regalias que tem recebido nos últimos meses, porém, são honras menores para ele. “Eu tive uma vida muito feliz, de muitas alegrias. Mas as alegrias que eu encontro com o sucesso dos meus alunos não se comparam com nada que eu já experimentei”, afirmou Lopes, que diz ter uma admiração especial pelos pais de alunos com deficiência. “Essas crianças são filhas desses indivíduos, mas elas também são parte da nossa sociedade, é injusto que deixemos esses pais sozinhos com o grande desafio que enfrentam.”

quarta-feira, 25 de julho de 2012

III Curso de Danças em Cadeira de Rodas

III Curso de Dança em Cadeira de Rodas

11 julho, 2012 As inscrições para a terceira versão do curso de Dança em Cadeira de Rodas estarão abertas a partir de 01 de Julho. Os interessados terão até o dia 25 de julho para realizar a sua inscrição através do site da CBDCR.
As aulas serão de 08 de Agosto a 08 de Novembro 2012.
Oferecido gratuitamente pela Universidade Federal de Juiz de Fora em parceria com a Confederação Brasileira de Dança em Cadeira de Roda, o curso terá com carga horária de 120 horas, e tem como objetivo capacitar profissionais de diversas regiões do Brasil para implantarem e desenvolverem esta modalidade.
O curso é totalmente a distância. As atividades são realizadas online pela internet, utilizando a plataforma moodle.

 http://www.cbdcr.org.br/iii-curso-de-danca-em-cadeira-de-rodas-abre-inscricoes
Confederação Brasileira de Dança em Cadeira de Rodas – CBDCR

sexta-feira, 20 de julho de 2012

VI CONGRESSO BRASILEIRO SOBRE SINDROME DE DOWN

INSCRIÇÕES 
no link abaixo

"O VI CONGRESSO BRASILEIRO SOBRE SÍNDROME DE DOWN" tem como tema "AGORA É A NOSSA VEZ: NADA SOBRE NÓS SEM NÓS". Foi idealizado pela parceria da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down e Associação de Pais e Amigos de Pessoas com Síndrome de Down-PE, sob a égide da CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA da qual o Brasil foi signatário – dentre 153 países – e que veio a ser ratificada com "status" de Emenda Constitucional pelo Decreto Legislativo nº 186 de 09 de julho de 2008 e promulgada pelo Decreto nº 6.949 de 25 de agosto de 2009. Trata-se de um documento inovador, de importância maior para o MOVIMENTO das pessoas com deficiência em todo o planeta. Seus comandos foram iluminados pelos direitos humanos, inaugurando-se, assim, uma nova era, na qual as deficiências deixam de ser focadas prioritariamente como problemas da área de saúde para se tornar uma questão social, reconhecendo-se a importância da autonomia e independência individual dessas pessoas, refletida na liberdade de fazer as próprias escolhas! É um salto de qualidade, pois propicia a discussão do tema proposto respaldado nos avanços tecnológicos e científicos. Tem-se, então, um novo momento no capitulo da história do MOVIMENTO no qual a pessoa é valorizada por seus potenciais, sendo-lhe oportunizado o verdadeiro crescimento cidadão, respeitando-lhes os desejos e decisões e, então a dignidade inerente a qualquer ser humano. Não se centra mais o problema exclusivamente na pessoa com deficiência, mas na sociedade como um todo e no entorno dessas pessoas! Preparamos uma programação que vai contemplar uma grande diversidade de temas para debate, reunindo os múltiplos aspectos que instrumentalizam as pessoas com síndrome de Down, seus familiares e profissionais a exercitarem a prática inclusiva como forma de conquistar a desejada cidadania para esse grupo de brasileiros e brasileiras, em respeito aos princípios constitucionais da igualdade, da solidariedade, da dignidade e da não discriminação, visando à busca de um futuro saudável. "AGORA É A NOSSA VEZ: NADA SOBRE NÓS SEM NÓS", foi o tema escolhido, com base na necessidade agora determinada por lei, das pessoas com deficiência intelectual exercerem o PROTAGONISMO de tudo o que diz respeito às suas vidas. Junte-se a nós e seja mais um na luta pela inclusão! Desejamos a todos um excelente Congresso!

 Maria Thereza Almeida Antunes Presidente do Congresso

http://www.cbsdown2012.com.br/#

domingo, 15 de julho de 2012

DEFICIÊNCIA INTELECTUAL


Durante muito tempo, as crianças com Deficiência Intelectual não participavam das atividades das escolas comuns. Atualmente, especialistas e governantes defendem que elas frequentem as escolas regulares, conforme assegurado pela Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU, em 2006.A legislação garante a matrícula desta crianças nas escolas regulares e no atendimento educacional especializado , mas para que isso ocorra de fato é acreditar que estas crianças também são capazes! 
A maior dificuldade para uma familia que tem uma criança com deficiência não são sua dificuldades. As maiores dificuldades estão nas atitudes das pessoas e da sociedade, as pessoas não acreditam que as pessoas com deficiência aprendem. Felizmente, tudo mudou e esperança e possibilidades estão presentes na vidas destas famlias e destas pessoas!

segunda-feira, 9 de julho de 2012

DIGA NÃO A VIOLÊNCIA CONTRA AS PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS



 
PRECONCEITO,
EXCLUSÃO
              VIOLÊNCIA DOMÉSTICA


          



OS DEFICIENTES SÃO PESSOAS VULNERÁVEIS



 
DENUNCIE!!!!



AS DENÚNCIAS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIAS NÃO SÃO ACEITÁVEIS, DEVIDO SUA CONDIÇÃO.

NÃO SÃO CAPAZES DE ESCAPAR DE SEUS AGRESSORES OU DE SITUAÇÕES VIOLENTAS


.
BASTA!!!!
DENUNCIE!!!!

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